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ALF anuncia crescimento sustentado do Financiamento Especializado até Setembro

28 nov 2022

CONFIRMING CRESCE QUASE 50% FACE A 2019. RENTING SUPERA VALORES DO ANO PASSADO, APESAR DOS ATRASOS DE VIATURAS PARA ENTREGA

O Renting, o Factoring e o Leasing, na sua vertente imobiliária, completaram os primeiros três trimestres de 2022 com crescimentos de dois dígitos face ao ano anterior. A exceção foi o Leasing mobiliário, com a escassez de viaturas novas nos concessionários a significar uma queda ligeira de 1% na produção deste produto do financiamento especializado. 

No Factoring, o ano 2022 está a confirmar a dinâmica de que deu sinal no ano passado, quando recuperou das quedas verificadas com a pandemia. De janeiro a setembro deste ano, a produção de Factoring superou os 30 mil milhões de euros, significando um ganho superior a 20% face ao ano passado e também a 2019. O total do setor significou 30,5 mil milhões de euros, 23,8% acima dos cerca de 24,7 mil milhões dos três trimestres do ano passado e do valor similar de 2019.

O maior impulso proveio do Confirming (serviço de gestão de pagamentos devidos aos fornecedores, permitindo ao cliente do Confirming libertar capital para outras áreas), com os 13,5 mil milhões de euros de apoio dado pelos associados da ALF às empresas, a significarem uma subida de 33,2% face ao período homólogo de 2021. Mais impactante, este valor de créditos tomados fica quase 44% acima do valor de 2019. Por seu lado, o Factoring internacional teve uma subida de 24,0%, para 3,9 mil milhões de euros de créditos tomados, enquanto o Factoring doméstico cresceu 15,4%, para 13,2 mil milhões de euros, superando os valores do ano pré-pandémico. 

O Leasing registou um crescimento acumulado de 2,7%, para 1,6 mil milhões de euros. Os dados revelados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting revelam ainda a clara resiliência da locação financeira imobiliária, cujo crescimento de 11,5% ao longo dos três trimestres decorridos até final de setembro compensou a ligeira contração de 1% no Leasing mobiliário, repartido por viaturas e equipamentos.

O Leasing imobiliário atingiu 571,4 milhões de euros de produção, acima dos 512,5 milhões do ano passado, mas ainda aquém dos 610,4 milhões de 2019. As empresas e entidades públicas mantêm a preponderância no Leasing imobiliário, mas os profissionais liberais e os particulares, apesar de representarem apenas 6% da produção, movimentaram 27,1 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano.

No Renting, a quebra na oferta de viaturas novas não invalidou um crescimento face ao ano anterior, com mais 8,8% de viaturas e 18,8% no valor da produção acumulada. Nos 19 107 veículos contratados de janeiro a setembro, o crescimento do número de veículos comerciais superou o de passageiros, na relação com o ano anterior, com os comerciais a subir 20,4% e os veículos de passageiros a progredirem cerca de 8,3%.

Em sentido inverso, a produção acumulada de Renting revela uma perda de 25,4%, no número de viaturas, na comparação com valores pré-pandemia, anteriores aos constragimentos que contribuiram para a escassez de semicondutores, penalizando o fabrico e entrega de automóveis aos consumidores.

Sintomático da confiança conquistada pelo Renting é o reforço da frota mesmo quando a comparação é feita com anos de normalidade no mercado automóvel. Com 125 mil viaturas em circulação, a frota está 4,6% acima do volume verificado em setembro de 2021. Em retrospetiva, a variação na frota, numa comparação com o desempenho do Renting no período anterior à pandemia, é igualmente positiva na ordem dos 5%. Para esta melhoria tem contribuído a agilidade do setor do renting, com busca de novas soluções para os clientes, entre as quais o prolongamento dos prazos dos contratos e o recurso ao Renting de viaturas usadas, de modo a assegurar a existência de soluções de mobilidade para empresas e particulares.

A pandemia, seguida da subida gradual da inflação e do início da guerra na Ucrânia, determinou um aumento da incerteza no sentimento dos consumidores e das empresas”, admite Luís Augusto, presidente da ALF, realçando que “o financiamento especializado mantém-se, como em anteriores crises, um garante de suporte à economia e aos seus agentes, sejam particulares ou empresas, sejam os setores público ou privado. Em consonância com a nossa mensagem, os associados da ALF têm aprofundado o apoio aos negócios, contribuindo para o crescimento do PIB nacional. Os dados estatísticos agora divulgados, relativos a três quartos do ano 2022, acompanham os setores mais dinâmicos da economia, superando valores que se verificavam antes da pandemia”, assinala Luís Augusto.

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