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ALF revela semestre de recuperação para o Financiamento Especializado

30 jul 2022

TODOS OS SETORES GANHAM FACE A 2021 E FACTORING ACELERA PARA LÁ DOS VALORES DE 2019. RENTING ESCAPA ÀS RESTRIÇÕES NO FORNECIMENTO DE VEÍCULOS

O desempenho do Leasing, Factoring e Renting no primeiro semestre do ano alinhou-se pelo crescimento da economia nacional, registando progressos nos três setores, face ao período homólogo do ano passado. Aparentemente imune aos efeitos da guerra no início do semestre, o financiamento especializado superou mesmo, em alguns segmentos, números relativos a 2019, revelam os dados semestrais da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

Os maiores ganhos verificam-se no Factoring, com uma expressiva subida da produção, 27,1% além do período homólogo de 2021, e cerca de 20% acima do ano pré-pandémico, num total de 20,1 mil milhões de euros.

O Confirming teve o crescimento mais imponente, disparando 34,9% para 8,8 mil milhões de euros. Significa isto um crescente recurso dos clientes ao pagamento aos seus fornecedores por via de uma instituição financeira, com a possibilidade de antecipação do pagamento, melhorando fluxos de caixa tanto do cliente da Factor quanto dos seus fornecedores. A resposta das associadas da ALF tem sido firme, assegurando uma produção de Confirming que, comparativamente a 2019, é 42,4% superior.

Os segmentos do Factoring Doméstico e do Factoring Internacional demonstraram igualmente um forte crescimento dos créditos tomados, com crescimentos de 21,8% e 21,7%, respectivamente. 

O setor do Leasing denota um crescimento pouco expressivo, mantendo-se nos 1,1 mil milhões de euros, em relação ao primeiro semestre de 2021. Observando os dados da ALF, a Locação Financeira Mobiliária apresenta-se como o fator de pressão em baixa, com uma queda de 4,4%, para uma produção de 697,2 milhões de euros entre janeiro e junho. Pelo contrário, o financiamento imobiliário por via do Leasing aumentou 10,1%, para 408 milhões de euros (ainda aquém dos 430 milhões do ano pré-pandemia).

No Leasing Mobiliário, o investimento em Equipamentos fixou-se em 235,2 milhões de euros, num total de 3 685 contratos, aquém dos 279,8 milhões do período homólogo de 2021.

Para a queda na produção do Leasing Mobiliário estará também a contribuir a restrição crescente no fornecimento de viaturas automóveis ligeiras novas. Na locação financeira, a leitura do total de ligeiros e pesados revela uma redução de quase 900 veículos financiados, num total de 12 279 viaturas.

Este desempenho na locação financeira mobiliária acompanha a tendência do mercado total de viaturas em Portugal neste período. Dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) apontam para uma redução na matriculação de ligeiros e pesados de 9,4% no 1º semestre de 2022.

A escassez de automóveis revelou-se menos penalizadora para o setor do Renting. No primeiro semestre deste ano, o Renting cresceu 11,4% em número de viaturas novas, para 13 569 unidades. Estas viaturas ascenderam a 326,4 milhões de euros, crescendo 19,9% em relação ao valor do período homólogo de 2021.

Analisando valores de 2019, último ano sem pandemia ou falta de automóveis novos, o setor mostra uma resiliência acrescida ao registar, até ao final de junho, um crescimento no valor das viaturas adquiridas na ordem dos 9,1%. 

A frota gerida pelas empresas de Renting ascendeu a perto de 124 mil viaturas, um crescimento de 4,1% e 7,2%, em relação ao 1º semestre de 2021 e 2019, respectivamente. O desempenho em contraciclo com o mercado automóvel nacional comprova a crescente adesão de empresas e particulares ao modelo do Renting.

A guerra na Ucrânia, a persistente subida da inflação e os previsíveis riscos da rutura do fornecimento de gás à indústria e às famílias nas maiores economias europeias, não tiveram no primeiro semestre um efeito retardador da recuperação do financiamento especializado no seu todo. Ainda que o Leasing denote aparentes efeitos adversos na aquisição de viaturas, devido à crise dos semicondutores, o Renting tem conseguido, através de uma boa gestão e da adaptabilidade do setor, manter o crescimento”, destaca Luís Augusto, presidente da ALF. “As associadas da ALF têm acompanhado a melhoria da economia nacional, reforçando o seu contributo para a boa gestão da tesouraria das empresas através do Factoring e para a formação do PIB português no cômputo dos três produtos”.

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